TI e Finanças: Como o Optima Bank Usa a Tecnologia para Economizar Milhares de Horas de Trabalho
O Optima Bank é uma das principais instituições financeiras do Quirguistão, e grande parte de seu sucesso se deve ao compromisso com a inovação tecnológica. Todos os dias, a equipe de TI do banco trabalha lado a lado com as áreas de negócio para otimizar processos e aumentar a eficiência.
Adal Bazarkhanovich Izmukhanov, Primeiro Vice-Presidente do Conselho de Administração do Optima Bank, conta como o banco está construindo um ambiente moderno impulsionado pela tecnologia.

Adal Bazarkhanovich Izmukhanov, Primeiro Vice-Presidente do Conselho do Optima Bank
1. Qual é o papel da TI na conquista dos objetivos estratégicos do banco?
A tecnologia está no centro da nossa estratégia. Ela nos permite operar com mais eficiência, reduzir custos, melhorar a experiência do cliente e responder rapidamente às mudanças do mercado e às exigências regulatórias.
Confiamos fortemente na automação e na análise de dados para tornar nossos processos internos mais ágeis e precisos.
Oferecer um serviço de excelência é uma prioridade por isso buscamos o máximo de automação. Isso nos permite manter um alto desempenho e reduzir falhas. Nossa equipe de TI também ajuda a aliviar a carga de trabalho manual dos colaboradores, e os resultados têm sido muito positivos. A infraestrutura de TI se tornou um verdadeiro habilitador do negócio.
2. Quais são os maiores desafios que você enfrenta como líder de TI?
Velocidade é essencial estamos constantemente trabalhando para implementar mudanças rapidamente, escalar soluções de forma eficaz e manter altos padrões de segurança da informação.
Outro grande desafio é promover uma cultura digital em toda a organização. Não basta apenas implantar novas ferramentas; é preciso que as equipes adotem uma mentalidade digital.
Com o surgimento de novas tecnologias — desde IA generativa até plataformas de automação em constante evolução — precisamos analisar cuidadosamente o que realmente faz sentido para o banco.
3. Quais tecnologias você considera mais promissoras para o setor bancário?
Temos uma equipe talentosa e criativa, sempre disposta a explorar novas tecnologias. Atualmente, nosso foco está na automação de processos robóticos (RPA), na inteligência artificial e no aprendizado de máquina, além de arquiteturas escaláveis baseadas em microsserviços e integrações via API. Essas tecnologias nos ajudam a ser mais ágeis, adaptáveis e centrados no cliente.
4. Quais sistemas e plataformas são essenciais para o banco e como eles se integram?
Construímos um ecossistema digital totalmente integrado. No centro está o nosso sistema bancário central (ABS), conectado perfeitamente ao CRM, ao nosso data warehouse (DWH), aos gateways de pagamento, aos canais de atendimento móvel e online, às ferramentas de monitoramento e, claro, à plataforma de RPA.
Todos esses sistemas se comunicam por meio de APIs e um barramento de dados, o que garante o fluxo contínuo de informações e a operação ininterrupta dos processos do banco.
5. Como está o uso de RPA no banco? Quais resultados foram alcançados?
A automação robótica é uma parte central da nossa transformação digital. Já implantamos mais de 70 robôs de software que auxiliam no processamento de dados, na geração de relatórios e em diversas tarefas rotineiras.
Isso aumentou significativamente a eficiência interna, reduziu erros e liberou tempo dos colaboradores para atividades mais estratégicas.
Utilizamos a plataforma Python RPA, desenvolvida no Cazaquistão e baseada na linguagem Python. Essa tecnologia nos permite automatizar até mesmo os processos menores de forma rápida e eficaz.
Frequentemente, os próprios funcionários nos procuram com tarefas manuais que desejam automatizar. Em muitos casos, conseguimos entregar uma solução funcional em menos de duas semanas e a satisfação é imediata.
6. Pode compartilhar exemplos reais de como o RPA funciona no banco?
Um dos bots, por exemplo, prepara relatórios financeiros diários — tarefa que antes exigia várias horas de trabalho manual. Agora, tudo é automatizado e os relatórios estão prontos logo no início do expediente.
Outro robô faz a reconciliação de dados entre sistemas, garantindo precisão e consistência das informações.
Nossos robôs operam 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que é essencial para a continuidade dos serviços, especialmente nas operações críticas.
No total, economizamos cerca de 1.000 horas de trabalho humano por ano, além de reduzir significativamente os erros.
7. O banco já utiliza inteligência artificial ou aprendizado de máquina?
Com certeza. Estamos em fase ativa de testes e implementação de ferramentas baseadas em IA. Já utilizamos aprendizado de máquina para construir modelos de score de crédito e detecção de fraudes. Também estamos avaliando o uso de IA generativa para apoiar nossos colaboradores e lidar com grandes volumes de informação textual.
A plataforma Python RPA agora conta com um módulo que permite integrar modelos de linguagem (LLMs) com apenas alguns cliques. Já estamos desenvolvendo casos de uso e estamos animados com o potencial dessa tecnologia.
De forma geral, já começamos a transição de RPA para IPA (Automação Inteligente de Processos) e estamos estudando a adoção de agentes baseados em IA. Claro, tudo com responsabilidade é importante não seguir tendências às cegas, mas sim adotar o que realmente gera valor.
8. Qual é a principal estratégia de TI para os próximos 2 a 3 anos?
Nossas prioridades são: automação inteligente, aprofundamento da análise de dados e construção de uma arquitetura digital robusta e resiliente.
Vamos continuar ampliando o uso de RPA e IA, fortalecendo nossa base de dados via DWH e desenvolvendo soluções baseadas em plataformas.
Nosso objetivo é tornar todos os processos do banco mais rápidos, eficientes e fáceis de usar tanto para os clientes quanto para os colaboradores. Queremos ser referência no mercado.
9. O que mais te motiva no seu trabalho?
O que me inspira é ver como a tecnologia realmente transforma vidas — tanto para nossa equipe quanto para nossos clientes.
Não estamos apenas implantando ferramentas: estamos construindo um banco mais inteligente, ágil e próximo das pessoas.
Fazer parte dessa transformação é um privilégio — e uma fonte constante de motivação.